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Foto do escritorSónia Ramos

Remédio para um coração atribulado; uma descrição do céu; motivo para esperarmos coisas boas

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28/08/2024

Leia João 14.1-3


Esses três versículos apresentam preciosas verdades espirituais. Por todos os séculos, essas verdades

têm sido amadas pelos servos de Cristo, no mundo inteiro. Muitas são as pessoas enfermas que esses versículos já confortaram! Já revigoraram muitos corações desanimados! Vejamos o que eles contêm.

Inicialmente, encontramos neles um precioso remédio contra uma velha doença. Esse remédio é a fé. O coração turbado é algo comum neste mundo. Nós o encontramos em todas as classes sociais, e nada pode mantê-lo distante de nós. Às vezes, por motivos externos ou íntimos; em parte, devido à nossa mente ou ao nosso corpo; talvez por causa de amor ou ainda de temor, a jornada da vida está repleta de problemas. O melhor dos seguidores de Cristo pode ter muitos cálices amargos para beber durante sua peregrinação da graça à glória. Até mesmo o mais santo dos crentes perceberá que o mundo é um vale de lágrimas.

A fé no Senhor Jesus é o único remédio para os corações turbados. Crer mais profundamente, descansar sem restrições, apegar-nos com mais firmeza, depender mais completamente - essa é a receita que nosso Senhor prescreve a todos os seus discípulos. Sem dúvida, o pequeno grupo que se assentara à mesa para aquela última ceia havia crido e provado a realidade de sua fé, ao desistir de tudo por amor a Cristo. No entanto, o que o Senhor lhes disse? Novamente, incutiu-lhes a antiga lição, com a qual eles iniciaram a vida cristã: "Creiam! Creiam ainda mais! Creiam em mim!".

Jamais devemos esquecer: a fé apresenta-se em níveis, e existe uma ampla diferença entre os crentes fracos e os fortes. Os crentes fracos possuem fé suficiente para lhes outorgar um interesse salvífico por Cristo, por isso não devem ser desprezados; mas esse tipo de fé não confortará seus corações, assim como o faz a fé exercida pelos crentes mais fortes. Falta de exatidão e dificuldade na percepcão - esses são os defeitos dos crentes fracos. Eles não entendem com clareza as verdades em que creem e não sabem explicar por que creem; precisam de mais fé. À semelhança de Pedro, quando andou sobre o mar, esses precisam olhar com mais determinação para o Senhor lesus e menos para as águas e os ventos. Não está escrito: "Tu SENhOR, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti"? (Is 26.3) Nesses versículos também encontramos uma estimulante descrição do céu, ou seja, a habitação dos santos. Enquanto estamos neste corpo, entendemos poucas coisas a respeito do céu; e esse pouco aprendemos da Bíblia mais pela exclusão dos aspectos negativos do que pelo ensino dos aspectos positivos. Nessa passagem, existem algumas verdades evidentes sobre aquele lugar.

O céu é a "casa do Pai", sobre a qual Jesus disse: "Vou para o meu Deus e o vosso Deus". Em poucas palavras, o céu é um lar: o lar de Cristo e de seus seguidores. Essa é uma afirmação agradável e emocionante. O lar, como todos nós sabemos, é um lugar onde geralmente somos amados pelo que somos, independentemente de nossas capacidades e de nossos bens; o lugar onde somos amados até o fim, onde jamais somos esquecidos e sempre bem-vindos. Essa é uma ideia sobre o céu. Os

crentes se encontram em uma terra estranha e na escola da vida. No porvir, eles estarão em casa.

O céu é um lugar de "moradas" eternas e permanentes. Para nós, estar neste corpo significa viver em tendas, tabernáculos e pousadas; precisamos nos sujeitar a muitas mudanças. No céu, estaremos acomodados para sempre e, de lá, nunca mais sairemos. "Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir" (Hb 13.14). Nossa cidade, aquela que não é feita por mãos humanas, jamais será destruída.

O céu é um lugar de "muitas moradas". Haverá lugar para todos os crentes e espaço para todos os tipos de pessoas, tanto para os mais nobres como para os mais insignificantes dos crentes, para os fortes e para os fracos. O mais débil filho de Deus não precisa temer que não haja lugar para ele no céu. Ninguém será lançado fora, exceto os pecadores impenitentes e incrédulos. O céu é um lugar onde o próprio Cristo estará presente. Ele não ficará contente em viver ali sozinho: "Para que, onde eu estou, estejais vós também". Não devemos pensar que estaremos sozinhos e seremos negligenciados. Nosso Redentor, nosso Irmão mais velho, nosso Salvador, que nos amou e a si mesmo se entregou por nós estará conosco para sempre. Não podemos imaginar completamente o que veremos no céu enquanto estivermos no corpo. Porém, uma coisa é certa: nós veremos a Cristo.

Guardemos essas verdades em nossas mentes. Para a pessoa mundana e descuidada com sua alma, essas verdades podem não ser importantes. Mas, para todos que estão cientes do ministério do Espírito Santo em seu íntimo, estão repletas de indizível consolação. Se almejamos estar no céu, precisamos conhecer algumas de suas características.

Por último, nesses versículos encontramos uma firme certeza de esperarmos as coisas boas por vir. Nosso coração maligno está propenso a nos privar de nosso consolo a respeito do céu. Gostaríamos de acreditar que tudo isso é verdade. Temos o receio de não ser aceitos no céu. Ouçamos o que Jesus disse, a fim de nos encorajar.

A primeira mensagem de estímulo foi esta: "Vou preparar-vos lugar". O céu é um lugar preparado para um povo especial, o lugar que Cristo mesmo preparou para os verdadeiros crentes. Ele o preparou ao assegurar a todo pecador que nele crê o direito de entrar ali. Ninguém pode impedir-nos de entrar no céu. Ele o preparou ao entrar ali antes de nós, na qualidade de nosso Redentor e Representante, apossando-se do céu em favor de todos os membros de seu corpo místico. Jesus, exercendo a função de nosso Precursor, marchou para o céu, levando cativo o cativeiro e fincando sua bandeira na glória. Ele preparou o céu ao levar consigo ao Santo dos Santos, na qualidade de Sumo Sacerdote, os nomes de seus seguidores e ao tornar os anjos dispostos a receber seu povo. Aqueles que vão para o céu descobrem ali que eram bem conhecidos e esperados.

Outra mensagem de estímulo foi esta: "E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo". Cristo não esperará que os crentes subam ao céu para encontrá-lo, mas virá ao encontro deles; ressuscitará os mortos e os conduzirá à sua morada celestial. Assim como José foi ao encontro de Jacó, assim também o Senhor Jesus virá ao encontro de seu povo, a fim de reuni-lo e levá-lo à sua herança. Jamais devemos esquecer-nos do Segundo Advento de Cristo. Recebemos uma grande bênção em meditar na Primeira Vinda de Cristo para sofrer em nosso lugar; no entanto, bênção ainda maior recebemos ao pensar sobre a Segunda Vinda de Cristo, para ressuscitar e recompensar seus santos.

Ao deixar essa passagem, tenhamos solenes e sérios sentimentos de autoexame. Perdem grandes bênçãos aqueles que vivem neste mundo perverso e não conhecem a Deus como seu Pai e a Cristo como seu Salvador pessoal! Quanta riqueza

espiritual possuem aqueles que vivem pela fé no Filho de Deus e creem em Jesus! Apesar de todas as suas imperfeições e lutas, eles têm algo que o mundo não lhes pode dar ou mesmo retirar. Eles têm um verdadeiro Amigo, enquanto viverem neste mundo, e uma verdadeira casa quando morrerem.



Leituras diárias compiladas para o Ministério das Mulheres IESBR por Sónia Ramos


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