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Foto do escritorSónia Ramos

O bem produzido pelo testemunho de Cristo; o bem que os crentes podem proporcionar a outras pessoas


07/05/2024

Leia João 1.35-42



Esses versículos deveriam ser de interesse especial a todo cristão verdadeiro, pois descrevem os primórdios da Igreja de Cristo. A Igreja, que hoje é constituída de inúmeros membros, no princípio era composta apenas por dois membros fracos. O chamado feito a esses dois membros encontra-se na passagem que acabamos de ler.

Nesses versículos, vemos o bem produzido quando testemunhamos acerca de Cristo continuamente. Parece não ter havido qualquer resultado na primeira vez que João Batista clamou: "Eis o Cordeiro de Deus". Não recebemos a informação de que alguém tenha ouvido, questionado a esse respeito e crido. Mas, no dia seguinte, quando João repetiu essas mesmas palavras, dois de seus "discípulos, ouvindo-o dizer isto, seguiram Jesus". E foram recebidos com grande graça por aquele a quem passaram a seguir. "Foram, pois, e viram onde Jesus estava morando; e ficaram com ele aquele dia". Certamente, aquele foi o dia mais feliz e abençoado de suas vidas. Desse dia em diante, tornaram-se discípulos leais do Messias, a quem haviam acabado de conhecer. Tomaram a cruz; continuaram ao lado de Cristo nas tentações por ele enfrentadas; seguiram-no aonde quer que ele ia. Ao menos um deles - se não os dois - tornou-se um apóstolo escoIhido e um dos principais edificadores da Igreja cristã. E tudo isso aconteceu devido ao testemunho de João Batista: "Eis o Cordeiro de Deus!". Esse testemunho foi uma semente pequena, mas produziu grandes frutos.

Esse acontecimento simples oferece-nos um exemplo de como as almas têm recebido os benefícios da Igreja cristã em qualquer época. Por um testemunho como esse, sem ouvir outro, mulheres e homens têm sido convertidos e salvos. É por exaltar a Cristo - não a igreja, as ordenanças ou o ministério - que os corações têm sido movidos e se voltado para Deus. Aos olhos do mundo, esse testemunho pode parecer uma fraqueza e uma grande tolice. Mas, assim como as trombetas cujo som fez os muros de Jericó ruírem, esse testemunho é poderoso para derrubar fortalezas. Em todos os séculos, a história do Cordeiro de Deus, o qual foi crucificado, tem provado ser o poder de Deus para a salvação. Os que mais têm feito pela causa de Cristo, em toda parte do mundo, são homens semelhantes a João Batista. Esses não têm clamado: "Eis-me aqui!" "Eis a Igreja!" ou "Eis as ordenanças!". Antes, seu clamor tem sido: "Eis o Cordeiro!". Se almas devem ser salvas, então os homens devem ser guiados diretamente a Cristo.

Contudo, existe algo que nunca deve ser esquecido é necessário haver uma paciente constância na pregação e no ensino da verdade, se quisermos ver o bem sendo realizado. Cristo deve ser apresentado continuamente como o "Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo". A história da graça divina deve ser contada repetidas vezes, linha após linha, preceito após preceito. É o gotejar contínuo que desgasta a pedra. Jamais falhará a promessa de Deus: "Assim será a palavra que sair da minha boca: não voltará para mim vazia" (Is 55.11). Em nenhum lugar está escrito que a palavra efetuará o bem na primeira vez que for pregada. Não foi a primeira, mas a segunda proclamação de João Batista que levou André e seu companheiro a seguirem Jesus.

Vemos ainda o bem que o crente pode proporcionar a outros, ao lhes falar a respeito de Cristo. André acabara de se tornar um discípulo e foi contar sua grande descoberta a Simão, seu irmão. Assim como alguém que, inesperadamente, ouve uma boa notícia, ele se apressa em comunicá-la àquele que lhe era mais querido e chegado. Disse ao irmão: "Achamos o Messias", e "o levou a Jesus". Quem pode dizer o que teria acontecido se André tivesse um espírito não comunicativo, reservado e calado, como muitos crentes nos dias atuais? Talvez seu irmão tivesse continuado a viver como um pescador, no lago da Galileia, até o fim da vida. Mas, para a felicidade de Simão, André não era esse tipo de pessoa. Ele era um homem cujo coração estava tão repleto de bênçãos que não podia ficar calado. O grande apóstolo Pedro devia ao testemunho sincero dado por André o primeiro facho de luz derramado em sua alma.

Esse fato que está diante de nós é impressionante e pode nos ensinar muito. Dos três primeiros membros da Igreja de Cristo, pelo menos um foi levado a Jesus por meio de uma palavra dada em particular por um parente. Parece que Pedro não tinha ouvido qualquer pregação pública nem visto qualquer milagre. Ele não foi convencido por nenhuma argumentação veemente; apenas ouviu seu irmão lhe dizer que encontrara o Salvador e, imediatamente, o Espírito começou a operar em sua alma. O simples testemunho de um coração ardoroso serviu como o primeiro elo da corrente que o resgatou e o ligou a Cristo. As palavras de André -"achamos o Messias" - iniciaram em Pedro a grande obra que o tornaria um pilar da Igreja. Seria uma grande bênção para a Igreja de Cristo se todos os crentes fossem semelhantes a André!

Seria uma grande bênção para as almas perdidas se todos os homens e mulheres convertidos falassem com seus amigos e parentes sobre as coisas espirituais e contassem sobre aquilo que encontraram! Quanto bem haveria de ser feito! Quantos dos que agora vivem e morrem na incredulidade seriam levados a Jesus! A tarefa de dar testemunho do evangelho da graça de Deus não deveria ser relegada aos ministros somente. Todos os que receberam misericórdia devem procurar declarar com os lábios aquilo que Deus fez por suas almas. Os que foram libertos do poder do diabo devem ir para casa e anunciar aos seus "tudo o que o Senhor" lhes fez. Humanamente falando, existem milhares de pessoas que não ouviriam um sermão, mas dariam ouvidos a um amigo. Cada crente deve ser um missionário para seus filhos, família, empregados, vizinhos e amigos. Com toda a certeza, se nada temos a dizer aos outros a respeito de Jesus, faremos bem em duvidar de que o conhecemos como nosso Salvador pessoal.

Devemos procurar estar entre os que realmente seguem Cristo e nele permanecem. Não é suficiente ouvir a pregação de sua Palavra, que vem do púlpito, ou ler o que está escrito sobre ele nos livros. Na verdade, devemos segui-lo, derramar os corações na sua presença e manter com ele comunhão pessoal. Somente assim nos sentiremos constrangidos a falar de Cristo a outras pessoas. Aquele que o conhece apenas pelo ouvir nunca fará muito para a expansão da causa de Cristo na terra.


Leituras diárias compiladas para o Ministério das Mulheres IESBR por Sónia Ramos


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