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Foto do escritorSónia Ramos

O batismo e sua verdadeira posição; a natureza humana de Nosso Senhor


14/05/2024

Leia João 4.1-6



Existem duas afirmações nesses versículos que merecem atenção especial. Elas esclarecem dois

assuntos da vida espiritual sobre os quais é muito importante termos uma opinião bem definida.

Devemos observar, inicialmente, a afirmação sobre o batismo. Lemos que "Jesus mesmo não batizava, e sim os seus discípulos". É bastante notável a expressão aqui utilizada. Ao lê-la, aprendemos muito com as conclusões a que chegamos: o batismo não é a parte principal do cristianismo, e batizar não é a missão mais importante dada aos ministros. Com frequência, lemos que o Senhor se dedicava à pregação e à oração, e uma vez administrou a Ceia do Senhor. Mas não existe um só registro de que tenha batizado alguém. Aqui somos informados de que esse era um trabalho que Jesus delegava a outros. Ele "mesmo não batizava, e sim os seus discípulos".

Essa lição é muito importante para os dias de hoje. O batismo, como uma ordenança dada pelo próprio Senhor Jesus, é honrável e jamais deve ser subestimado pelas igrejas. Não pode ser negligenciado sem que, dessa forma, se esteja cometendo um grande pecado. Quando é usado de maneira correta, em fé e oração, traz grandes bênçãos. Porém, jamais houve a intenção de se dar ao batismo a posição que muitos lhe conferem hoje em dia.

O batismo não proporciona benefícios místicos; não traz, necessariamente, a graça do Espírito Santo. Os benefícios que dele procedem dependem grandemente da maneira como é utilizado. Em muitas igrejas, a doutrina ensinada e a linguagem empregada sobre o batismo são incoerentes com o que lemos nesse texto. Se o batismo tivesse toda a importância que alguns lhe atribuem, jamais seríamos informados de que "Jesus mesmo não batizava".

Devemos estabelecer com firmeza em nossas mentes que a primeira e mais importante missão da Igreja de Cristo é pregar o evangelho. As palavras do apóstolo Paulo precisam ser lembradas: "Não me enviou Cristo para batizar, mas para pregar o evangelho" (1Co 1.17). Quando o evangelho de Cristo é pregado com fidelidade e inteireza, não precisamos ter receio de que as ordenanças sejam menosprezadas. O batismo e a Ceia do Senhor serão sempre honrados da forma mais sublime nas igrejas em que a verdade que está em Cristo é ensinada e conhecida de maneira mais completa.

Também devemos observar a afirmação sobre a natureza humana de nosso Senhor. Lemos que Jesus estava "cansado da viagem'". Por meio dessa e de outras expressões no evangelho, aprendemos que Jesus possuía um corpo exatamente como o nosso. Quando o "Verbo se fez carne", tomou sobre si uma natureza semelhante à nossa em todas as coisas, menos em relação ao pecado. Assim como nós, Jesus passou da infância à juventude, e da juventude, à vida adulta; sentiu fome, sede, dor e necessidade de dormir. Estava sujeito às mesmas necessidades que nós. Em todos os aspectos, seu corpo era semelhante ao nosso, mas sem pecado.

Essa verdade traz pleno conforto aos verdadeiros crentes. Aquele em quem os pecadores são convidados a buscar perdão e paz é perfeitamente homem e Deus. Ele tinha uma natureza verdadeiramente humana quando esteve sobre a terra. E levou consigo essa natureza quando subiu ao céu. À direita de Deus, temos um Sumo Sacerdote que pode compadecer-se de nossas fraquezas, pois ele mesmo sofreu ao ser tentado. Ao clamarmos a ele, nos momentos de dor e fraqueza física, ele compreende perfeitamente o que lhe dizemos. Quando nossas orações e louvores estão enfraquecidos por causa do cansaço físico, ele compreende nossa condição. Conhece nossa estrutura. Sabe, por experiência própria, o que significa ser homem. Além de blasfêmia, é ignorância afirmar que a virgem Maria ou qualquer pessoa pode sentir mais compaixão por nós do que Cristo. Visto que Jesus tem natureza humana, pode entender completamente tudo o que diz respeito à natureza do homem. Os pobres, os enfermos e os que sofrem têm, no céu, alguém que não somente é um poderoso Salvador, mas também um amigo que se compadece.

O servo de Cristo deve apegar-se firmemente à verdade da existência dessas duas naturezas, perfeitas e completas, presentes naquele a quem ele serve. Sem dúvida, o Senhor Jesus Cristo, em quem o evangelho nos convida a crer, é o Deus Todo-poderoso e em tudo igual ao Pai, capaz de salvar completamente todo aquele que, por seu intermédio, se achega a Deus. E, visto que conhece por si mesmo todos os sofrimentos físicos dos homens, Jesus, sendo perfeitamente homem, é capaz de simpatizar com eles.

Poder e compaixão estão combinados de forma maravilhosa naquele que, por nós, morreu na cruz. Visto que ele é Deus, podemos descansar nele o fardo de nossas almas, com total confiança. Ele é poderoso para salvar. Como ele é homem, temos liberdade para lhe falar sobre as várias provações herdadas por nossa carne. Ele conhece o coração do homem. Nessa verdade, há descanso para o cansado! Essas são as boas-novas! Nosso Redentor é perfeitamente homem e Deus. Aquele que nele crê possui tudo o que um filho de Adão precisa para se sentir seguro e em paz.


Leituras diárias compiladas para o Ministério das Mulheres IESBR por Sónia Ramos


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