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Foto do escritorSónia Ramos

Bênção atribuída à simpatia; a profunda compaixão de Cristo por seu povo

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17/07/2024

Leia João 11.30-37


Novo Testamento apresenta poucas passagens tão maravilhosas quanto a narrativa simples

contida nesses oito versículos. O simpático caráter de nosso Senhor Jesus Cristo é ressaltado de maneira

bela e adequada. Mostra-nos que ele é poderoso tanto para "salvar totalmente os que por ele se chegam a Deus" como para demonstrar compaixão por eles. Essa narrativa nos apresenta Cristo, aquele que é um com o Pai e Criador de todas as coisas, participando das tristezas e derramando lágrimas humanas.

Inicialmente, esses versículos nos ensinam que grande bênção Deus, às vezes, atribui a atos de bondade e simpatia. Parece que a casa de Marta e Maria, em Betânia, estava repleta de pessoas que choravam quando o Senhor Jesus ali chegou. Muitas delas certamente não sabiam nada a respeito da vida espiritual das irmãs. A fé, a esperança, o discipulado e o amor delas por Cristo eram coisas que os lamentadores ignoravam completamente. Mas sentiram compaixão de Marta e Maria, por causa de sua aflição, e, bondosamente, vieram oferecer-lhes o consolo de que precisavam. Ao fazerem isso, colheram uma abundante e inesperada recompensa: contemplaram o grandioso milagre que Jesus realizou. Foram testemunhas oculares de que Lázaro saíra do sepulcro. Para muitas delas, podemos acreditar, aquele foi o dia de seu nascimento espiritual. A ressurreição de Lázaro as levou à ressurreição de suas almas. Quão insignificantes são as circunstâncias das quais, às vezes, a vida eterna parece depender! Se essas pessoas não tivessem demonstrado simpatia por Marta e Maria possivelmente não teriam sido salvas.

Não precisamos duvidar de que essas coisas foram escritas para nosso aprendizado. Demonstrar simpatia e bondade em relação aos aflitos é bom para nossas almas, quer saibamos, quer não. Visitar órfãos e viúvas em suas aflições, chorar com os que choram, procurar levar os fardos uns dos outros e amenizar suas preocupações - todas essas atitudes não podem expiar nossos pecados, tão pouco nos abrirão as portas do céu. Entretanto, são realizações benéficas às nossas almas, realizações que ninguém será capaz de desprezar. Talvez poucos estejam cientes de que um dos grandes segredos para sermos miseráveis é viver somente para nós mesmos e que um dos segredos para sermos felizes é procurar fazer os outros felizes e realizar o bem no mundo. Estas palavras não foram escritas em vão pelo sábio rei de Israel: "Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, pois naquela se vê o fim de todos os homens; e os vivos que o tomem em consideração. O coração dos sábios está na casa do luto, mas o dos insensatos, na casa da alegria" (Ec 7.2,4). As palavras de nosso Senhor são esquecidas com muita frequência: "E quem der a beber, ainda que seja um copo de água fria, a um destes pequeninos, por ser este meu discípulo, em verdade vos digo que de modo algum perderá o seu galardão" (Mt 10.42). Os amigos de Marta e Maria comprovaram essa maravilhosa promessa. Em uma época caracterizada por egoísmo e auto-satisfação, bom seria se eles tivessem mais imitadores.

Esses versículos também nos ensinam que profunda simpatia existe no coração de Cristo para com seu povo. Somos informados de que, ao ver Marta a chorar e os judeus, juntamente com ela, nosso Senhor "agitou-se em espírito e comoveu-se". Além disso, expressando visivelmente seus sentimentos, "Jesus chorou". Ele sabia que, em breve, a aflição da família de Betânia se tornaria regozijo e que, em alguns minutos, Lázaro seria restituído a suas irmãs. Mas, embora estivesse ciente desses fatos, ele "chorou".

O choro do Senhor Jesus é profundamente instrutivo. Revela-nos que chorar não é pecado. Lamentar e entristecer-se constituem fortes tentações para a carne e o sangue, fazendo-nos perceber a fraqueza de nossa existência; porém, não são atitudes erradas em si mesmas. O próprio Filho de Deus chorou. Isso nos mostra que um sentimento profundo é algo que não deve causar-nos vergonha. Ser frio, insensível e passivo na hora da tristeza não é uma evidência de que possuímos a graça de Deus em nosso coração. Não existe indignidade em um filho de Deus derramar lágrimas. O próprio Senhor Jesus chorou, mostrando que nosso Salvador é bastante compassivo e amável. É alguém que demonstra simpatia para com nossas enfermidades. Quando o buscamos na hora da aflição e lhe contamos nossos sentimentos, ele sabe pelo que estamos passando e tem compaixão de nós. O Senhor é alguém que nunca muda; embora esteja no céu, sentado à direita de Deus, seu coração ainda é o mesmo que foi enquanto esteve na terra. Temos um Advogado junto ao Pai, um Advogado que, ao estar na terra, foi capaz de chorar.

Lembremo-nos dessas verdades em nossa vida diária e jamais nos envergonhemos de andar nos passos de nosso Senhor. Esforcemo-nos para ser homens e mulheres de corações sensíveis e espíritos repletos de simpatia. Nunca fiquemos envergonhados de chorar com os que choram e de nos alegrar com os que se alegram. Seria bom para a igreja e o mundo se houvesse mais crentes dessa natureza e caráter! A igreja seria mais bela e o mundo, mais feliz.


Leituras diárias compiladas para o Ministério das Mulheres IESBR por Sónia Ramos


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