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Foto do escritorSónia Ramos

A miséria causada pelo pecado; a compaixão de Cristo; a lição aprendida com a cura de uma enfermidade

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19/05/2024

Leia João 5.1-15


Nessa passagem, encontramos um dos poucos milagres de Cristo registrados por João. Assim como

outros milagres relatados nesse evangelho, esse foi descrito com minúcias e riqueza de detalhes. Esse milagre assim como alguns outros - levou Cristo a pronunciar um discurso singularmente profundo e instrutivo.

Nessa passagem, aprendemos quanta miséria o pecado traz ao mundo. O texto nos fala sobre um homem que estava enfermo por trinta e oito anos. Por trinta e oito longos invernos de sofrimento, aquele homem suportou a dor e a enfermidade. Presenciara outros serem curados nas águas de Betesda e voltarem regozijando-se aos seus lares. Mas, para ele, não havia cura. Sem amigos, ajuda ou esperança, ficava próximo das águas, mas delas não recebia qualquer benefício. Anos e anos se passavam, e ele permanecia enfermo. Nada parecia trazer-lhe alívio ou melhora, senão a morte.

Quando lemos sobre casos de enfermidade semelhantes a este, devemos pensar em quão profundamente temos de odiar o pecado! Ele é a origem e a causa de toda enfermidade neste mundo. Deus não criou o homem para ser assolado por dores, sofrimentos ou doenças. Essas coisas são frutos da Queda. Não haveria enfermidades se não existisse o pecado. A maior prova da incredulidade natural do homem é sua indiferença quanto ao pecado. O sábio escritor afirmou: "Os loucos zombam do pecado" (Pv 14.9). Milhares de pessoas deleitam-se em coisas obviamente malignas e correm, de maneira voraz, atrás daquilo que é claramente venenoso. Tais pessoas amam o que Deus abomina e desprezam aquilo que ele aprecia. Assemelham-se ao homem insensato que ama seus inimigos e odeia os amigos. Seus olhos estão cegos. Com toda a certeza, se os homens olhassem os hospitais e enfermarias para considerar quanta destruição o pecado tem causado nesta terra, não brincariam com ele.

Com razão, somos ensinados a orar pela vinda do reino de Deus e a ansiar pela Segunda Vinda de Jesus Cristo! Somente naquela época, e não antes, a terra ficará livre de qualquer maldição, sofrimento, tristeza e pecado. Quando o Senhor retornar, enxugará as lágrimas das faces de todos os que amam sua vinda. As enfermidades e fraquezas passarão. A esperança adiada não mais desanimará o coração. Quando Cristo renovar esta terra, não mais haverá doentes crônicos ou casos incuráveis.

Nessa passagem, também aprendemos quão grandiosas são a compaixão e a misericórdia de Cristo. Ele viu aquele pobre sofredor deitado no meio da multidão. Embora desprezado e esquecido entre a multidão, aquele homem não deixou de ser observado pelos olhos de Cristo, aquele que vê todas as coisas. Por intermédio de seu conhecimento divino, Jesus sabia muito bem há quanto tempo aquele se encontrava naquela situação e condoeu-se dele. De forma inesperada, Jesus dirigiu àquele homem palavras de graça e compaixão. Por meio de seu poder miraculoso, curou-o imediatamente, sem qualquer fatigante demora, e enviou-o, regozijante, para casa.

Esse é apenas um dos exemplos do Senhor Jesus concernentes à sua bondade e à sua compaixão. Em Cristo, existe plenitude de amor inesperado, abundante e imerecido para com o homem. Ele "tem prazer na misericórdia" (Mq 7.18). Está mais disposto a salvar o homem do que este a ser salvo; e mais desejoso de conceder bênçãos ao homem do que este a recebêlas. Ninguém deve ter receio de se tornar um cristão genuíno, se estiver disposto a isso; não deve retrair-se ou demorar, sob a falsa ideia de que Cristo não deseja recebê-lo. Antes, deve achegar-se a ele com ousadia e confiança. Aquele que curou o paralítico de Betesda ainda é o mesmo.

Por último, nessa passagem, aprendemos a lição ministrada na cura da enfermidade. Essa lição está contida nas solenes palavras que nosso Salvador dirigiu ao homem curado por ele: "Não peques mais, para que não te suceda coisa pior". Cada enfermidade e cada tristeza manifestam a voz de Deus falando connosco. Cada uma delas tem sua mensagem peculiar. Felizes são os que possuem ouvidos e olhos abertos, para ver a mão de Deus e ouvir sua voz em tudo o que lhes sucede. Neste mundo, nada acontece por acaso.

Assim como a enfermidade, a restauração da saúde também nos traz ensinamentos. A saúde renovada deve levar-nos de volta às atividades neste mundo, fazendo-nos demonstrar um ódio ainda maior ao pecado, uma vigilância mais intensa sobre nossa vida e uma decisão mais firme de viver constantemente para Deus. Com frequência, o entusiasmo e o frescor do retorno da saúde nos inclinam a esquecer os votos e os propósitos estabelecidos no leito da enfermidade. A restauração da saúde é acompanhada por perigos espirituais. Bom seria para todos se, após uma enfermidade, gravássemos em nossos corações estas palavras: "Não devo mais pecar, para que não me suceda coisa pior!".

Encerremos essa meditação com os corações gratos, bendizendo a Deus por nos revelar que, em sua Palavra, temos um precioso evangelho e um sublime Salvador. Contraímos enfermidades? Lembremos que Cristo vê e conhece tudo; e, se ele considerar apropriado, pode nos curar. Entramos em dificuldades? Em tempos como estes, ouçamos a voz de Deus e aprendamos a odiar mais o pecado.


Leituras diárias compiladas para o Ministério das Mulheres IESBR por Sónia Ramos


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