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Foto do escritorSónia Ramos

A impiedade da natureza humana; Cristo honra as Escrituras e atribui importância aos seus milagres

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11/07/2024

Leia João 10.31-42


Inicialmente, devemos observar nesses versículos a extrema impiedade da natureza humana. Os judeus incrédulos, de Jerusalém, não foram tocados nem pelos milagres de nosso Senhor nem por sua pregacão. Estavam determinados a não o receberem como seu Messias. Mais uma vez, o evangelho diz que "pegaram os judeus em pedras para lhe atirar". Nosso Senhor não havia cometido qualquer injúria contra eles; não era ladrão, assassino ou rebelde às leis de Israel. Era alguém cuja vida se caracterizava pelo amor e que "andou por toda parte, fazendo o bem"

(At 10.38). Não podia ser acusado de nenhum crime. Um homem tão perfeito e imaculado como ele jamais andara sobre a face da terra. No entanto, os judeus o odiavam e desejavam matá-lo. Quão verdadeiras são as palavras da Bíblia: "Odiaram-me sem motivo" (Jo 15.25)! E muitíssimo corretas são as palavras de um antigo teólogo: "Os homens incrédulos matariam Deus se apenas pudessem alcançá-lo". O verdadeiro cristão, com certeza, não tem qualquer direito de se admirar ao enfrentar o mesmo tipo de tratamento dispensado ao nosso bendito Senhor. De fato, quanto mais ele se assemelha ao seu Mestre e mais santo e espiritual se torna sua vida, mais provável é que terá de suportar ódio e perseguição.

O verdadeiro crente não deve supor que qualquer grau de firmeza o livrará de sua cruz. Suas virtudes, e não suas falhas, despertam a inimizade dos homens. O mundo detesta ver uma pessoa refletindo a imagem de Deus. Os filhos do mundo ficam com suas consciências atormentadas e perplexas quando veem outros melhores do que eles mesmos. Por que Caim odiou seu irmão e o matou? O apóstolo João responde: "Porque as suas obras eram más, e as de seu irmão, justas" (1Jo 3.12). Por que os judeus odiaram Cristo? Porque ele denunciava os pecados e as falsas doutrinas deles e, em seu íntimo, sabiam que Jesus estava certo e eles, errados. "O mundo", disse Jesus, "me odeia, porque eu dou testemunho a seu respeito de que suas obras são más" (Jo 7.7). Os crentes devem estar dispostos a beber, com paciência e sem admiração, esse mesmo cálice. No céu, existe alguém que disse: "Se o mundo vos odeia, sabei que, primeiro do que a vós outros, me odiou a mim" (Jo 15.18).

Lembrem-se os crentes de ganhar coragem. O tempo é curto. Estamos caminhando rumo ao dia em que tudo será corrigido e todo homem receberá de acordo com suas obras. "Porque deveras haverá bom futuro; não será frustrada a tua esperança"

(Pv 23.18).

Devemos observar também, nesses versículos, a sublime honra que o Senhor Jesus deu às Escrituras. Nós o vemos citando um texto dos Salmos como argumento contra seus inimigos; na citacão, todo o argumento se concentra na simples palavra "deuses". E, após utilizar o texto de Salmos, Jesus anunciou o grande princípio: "A Escritura não pode falhar". É como se ele tivesse dito: "Tudo o que a Bíblia fala com clareza sobre algum assunto não deixa dúvidas sobre ele. O caso é resolvido e o ensino, estabelecido. Todo '' e todo 'til' das Escrituras são verdadeiros e têm de ser recebidos como conclusivos". O princípio delineado por nosso Senhor, nessa passagem, tem grande importância. Devemos assimilá-lo com firmeza em nossos corações e jamais esquecê-lo. Defendamos com ousadia a completa inspiração das Escrituras originais, em hebraico e grego. Creiamos que não apenas cada livro, mas também todo capítulo, e não apenas cada capítulo, mas também cada versículo, e não apenas cada versículo, mas também cada palavra, tudo foi originalmente dado por inspiração divina. A inspiração, nunca deixemos de afirmar, estende-se não somente aos pensamentos e às ideias das Escrituras, mas também às mais simples palavras.

Esse princípio, sem dúvida, tem sido severamente perseguido em nossos dias. Nenhum crente deve sentir-se desanimado por causa dessa perseguição. Mantenhamos nossa posição e, com toda varonilidade, defendamos o princípio da inspiração plenária das Escrituras, como se fosse a menina de nossos olhos. Há dificuldades nas Escrituras, e nós não precisamos nos esquivar de admitir isso; existem passagens bíblicas difíceis de explicar, harmonizar e entender. Porém, em quase todas essas dificuldades, a falha (podemos afirmar com certeza) não está nas Escrituras, mas, sim, na imperfeição de nossas mentes. Em todos os casos, podemos esperar adquirir maior compreensão e crer que, finalmente, tudo será esclarecido.

Devemos estar certos de uma coisa: se as dificuldades da inspiração plenária das Escrituras são milhares, as dificuldades referentes a qualquer outro conceito de inspiração das Escrituras são dezenas de milhares. A atitude mais sábia a praticar é andar no antigo caminho da fé e da humildade, e dizer: "Não posso desprezar uma palavra sequer da Bíblia. Toda Escritura foi dada por inspiração divina. A Escritura não pode falhar". Devemos ainda observar nesses versículos a importância que nosso Senhor atribuiu aos seus milagres. Ele utilizou os milagres como a melhor evidência de sua missão divina. Ele ordenou que os judeus olhassem os milagres e os negassem, caso pudessem fazê-lo. "Se não faço as obras de meu Pai, não me acrediteis; mas, se faço, e não me credes, crede nas obras."

Os homens de nossos dias não pensam tanto quanto deveriam nos poderosos milagres que nosso Senhor realizou durante os três anos de seu ministério terreno. Os milagres não foram poucos. Quarenta vezes ou mais lemos nos evangelhos a respeito de Jesus estar fazendo coisas totalmente contrárias ao curso da natureza: curar pessoas em certas ocasiões, ressuscitar mortos utilizando apenas uma palavra de ordem, acalmar as ondas e o vento rapidamente, andar sobre o mar como se estivesse pisando em terra firme. Esses milagres não foram todos realizados apenas diante de amigos particulares. Jesus fez muitos de seus milagres na presença de multidões, diante de seus próprios inimigos. Mas estamos tão familiarizados com estas coisas que tendemos a esquecer as grandes lições que nos ensinam. Esses fatos nos mostram que o Realizador desses milagres não foi outro senão o próprio Deus. Os milagres estamparam nas doutrinas e nos preceitos de Jesus a marca da autoridade divina. Somente aquele que, no princípio, criou todas as coisas poderia suspender as leis da natureza quando quisesse. E aquele que restringiu as leis da natureza tinha de ser alguém a quem as pessoas deveriam obedecer implicitamente e em quem deveriam crer sem reservas. Rejeitar aquele cuja missão fora confirmada por obras tão poderosas é o cúmulo da tolice e da loucura.

Sem dúvida, milhões de pessoas incrédulas, em todas as épocas, têm procurado lançar desprezo sobre os milagres de Cristo, negando que jamais foram realizados. Mas elas trabalham em vão. Existem provas inquestionáveis de que o ministério de nosso Senhor foi acompanhado por milagres, e os que viveram na época de Jesus reconheceram esse fato. Aqueles que se opõem farão bem a si mesmos se apenas tomarem o simples milagre da ressurreição de nosso Senhor e tentarem

demonstrar que isso não aconteceu. Se não conseguirem, devem confessar, como homens sinceros, que os milagres são possíveis. E, se seus corações forem verdadeiramente humildes, terão de admitir que a Pessoa cuja missão foi confirmada por tais evidências era o próprio Deus.

Sejamos gratos a Deus, ao findarmos nossas considerações sobre essa passagem, pois o cristianismo tem provas abundantes de ser uma religião proveniente de Deus. Se recorrermos à evidência interna da Bíblia ou à vida dos primeiros cristãos, às profecias, aos milagres, à história, obteremos a mesma resposta. Todos dizem a uma só voz: Jesus é o Filho de Deus, e os crentes possuem a vida eterna por meio de seu nome.


Leituras diárias compiladas para o Ministério das Mulheres IESBR por Sónia Ramos


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