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Foto do escritorSónia Ramos

A honra que Cristo outorga aos seus servos, aos milagres e às Escrituras

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22/05/2024

Leia João 5.30-39


Nesses versículos, vemos exposta aos judeus, de forma sucinta, a comprovação de que Jesus era o Messias

prometido. Quatro diferentes testemunhas e quatro tipos de evidências são apresentados. O Pai celestial, João Batista, o antecessor de Cristo, os milagres realizados e as Escrituras, que os judeus professavam honrar - todos foram mencionados por nosso Senhor como testemunhas de que ele era o Cristo, o Filho de Deus. Empedernidos devem ter sido os corações daqueles que, ouvindo essas testemunhas, permaneceram insensíveis. Mas isso apenas comprova a veracidade de um antigo ditado: a incredulidade provém mais da falta de disposição em crer do que da falta de evidências. Notemos, inicialmente, a honra que Cristo outorga aos seus servos fiéis. Ele falou a respeito de João Batista: "Ele deu testemunho da verdade", "Era a lâmpada que ardia e alumiava". Quando Jesus pronunciou essas palavras, talvez João Batista já houvesse cessado seus labores na terra. Fora perseguido, encarcerado e levado à morte por Herodes, sem que ninguém interferisse ou tentasse evitar que fosse morto. Porém, esse discípulo assassinado não foi esquecido por seu Mestre divino. Jesus se lembrava dele, embora muitos já o houvessem deixado no esquecimento. João Batista havia honrado a Cristo, que, por sua vez, também o honrou.

Esses fatos não devem ser ignorados. Foram escritos para nos ensinar que Jesus cuida de todos os que nele creem e jamais os esquece. Os crentes talvez sejam esquecidos e desprezados pelo mundo, mas nunca pelo Salvador de suas almas. Cristo conhece a situação e as provações que enfrentam. Diante do Senhor, há um memorial escrito para eles (Ml 3.16). Suas lágrimas estão recolhidas num odre (S1 56.8); seus nomes, escritos nas palmas das santas mãos do Senhor. Ele observa tudo que seus servos fazem por seu reino neste mundo pecaminoso, embora eles pensem que não são coisas dignas de ser notadas. Um dia, Cristo os confessará publicamente, diante do Pai e de seus anjos. Aquele que testemunhou esses fatos sobre João Batista é imutável. Os crentes devem lembrar isso. Ao enfrentarem a pior ocasião, podem dizer com ousadia, assim como Davi: "Eu sou pobre e necessitado, porém o Senhor cuida de mim" (SI 40.17).

Observemos, em segundo lugar, a honra que Cristo atribuiu aos milagres, por evidenciarem ser ele o Messias. Ele disse: "As obras que meu Pai me confiou para que eu as realizasse, essas que eu faço, testemunham a meu respeito de que o Pai me enviou"

Hoje, os milagres realizados pelo Senhor, os quais comprovam sua missão divina, não recebem a devida atenção. Muitas pessoas olham para esses milagres com silenciosa incredulidade. Elas pensam que, por não terem presenciado tais acontecimentos, não lhes deve ser exigido que se importem com eles. Um grande número de pessoas abertamente reconhece que não crê na possibilidade de tais milagres terem ocorrido. E, por considerá-los histórias fictícias, de bom grado as eliminariam da Bíblia, assim como o marinheiro lança fora o excesso de carga, a fim de aliviar o navio.

Afinal de contas, fica bastante claro que os milagres do Senhor Jesus exerceram grande efeito na mente das pessoas quando ele estava sobre a terra. Os milagres despertavam a atenção para aquele que os realizava. Incitavam questionamentos e levavam à conversão. Os milagres eram tantos, realizados de maneira pública e inexplicável, que os inimigos do nosso Senhor podiam apenas dizer que eram operados por influência satânica. Todavia, eles não podiam negar que os milagres realmente aconteciam. Os principais sacerdotes e fariseus disseram: "Este homem opera muitos sinais" (Jo 11.47). Ninguém pretendia negar, séculos atrás, os fatos que os sábios dos nossos dias desejam contestar.

Se forem capazes, que os inimigos da Bíblia tentem provar que não ocorreu o maior e último milagre do Senhor Jesus - sua ressurreição dentre os muitos outros! Quando conseguirem fazer isso, será tempo de considerar o que têm a dizer a respeito de todos os milagres. Eles ainda não encontraram respostas às evidências da ressurreição e jamais encontrarão. Os que amam a Bíblia não devem abalar-se com as objeções a respeito dos milagres, até que existam provas satisfatórias contra o milagre da ressurreição. Se este foi comprovado de forma incontestável, os crentes não devem preocupar-se com argumentos insignificantes sobre os demais. Se, por seu próprio poder, Cristo verdadeiramente ressuscitou dentre os mortos, o homem não precisa hesitar em crer em quaisquer de suas obras poderosas.

Notemos, por último, a honra que Cristo atribui às Escrituras. Falou sobre elas, ao concluir sua lista de evidências, como aquelas que prestam grande testemunho a respeito dele - "Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim".

"As Escrituras", mencionadas por Jesus, referem-se, obviamente, ao Antigo Testamento. E essas palavras de Cristo mostram uma importante verdade que muitos tendem a ignorar: cada parte da Bíblia tem o propósito de nos ensinar a respeito dele. Cristo não está presente apenas nos evangelhos e nas epístolas; pode ser encontrado, de forma direta ou indireta, na Lei, nos Salmos e nos Profetas. Jesus Cristo, o Messias, está presente nas promessas feitas a Adão, Abraão, Moisés e Davi, nas figuras e na simbologia da lei cerimonial, nas predições de Isaías e de outros profetas.

Como os homens podem ter tão pouca compreensão acerca dessas coisas? A resposta é clara: eles não examinam as Escrituras; não se aprofundam nesse maravilhoso tesouro de sabedoria e conhecimento, nem buscam familiarizar-se com seu conteúdo. A leitura da Bíblia, com regularidade e sinceridade, é o grande segredo para alguém permanecer firme na fé. Ignorar as Escrituras é a causa de todo tipo de erro.

Afinal, no que o homem pode acreditar, se não crê na missão divina do Senhor Jesus Cristo? De fato, grande é a obstinação da incredulidade. Uma nuvem de testemunhas testifica que Jesus é o Filho de Deus.

Argumentar quanto à falta de evidências equivale a uma tolice infantil. A verdade óbvia é que a incredulidade faz do coração seu trono principal. São muitos os que não desejam crer e, portanto, permanecem incrédulos.



Leituras diárias compiladas para o Ministério das Mulheres IESBR por Sónia Ramos


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